domingo, 10 de janeiro de 2010

Depois de algum tempo....

Depois de algum tempo tu aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em vão.
Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto tu te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir te de vez em quando e tu precisa perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que tu podes fazer coisas em um instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tu tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser, e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde estás indo, mas se tu não sabes para onde estás indo, qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que tu esperas que te chute, quando tu cais é uma das poucas que te ajudam a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que tu aprendeste com elas, do que com quantos aniversários tu celebraste.
Aprendes que há mais dos seus pais em ti do que tu supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres que ame, não significa que esse alguém não sabe amar, contudo, te ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possavoltar para trás, portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores...
E tu aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

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